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Gestante

Outros temas sobre a Gestante

Temas semanais

Nutrição e Saúde da Mulher

Detalhes
Última Atualização: 23/04/2025
nutricao e saude da mulher entrevistaLíderes da Pastoral da Criança cultivam horta caseira em Sergipe, ação que promove hábitos alimentares saudáveis e fortalece a nutrição feminina.

A alimentação adequada é um fator decisivo para a saúde e o bem-estar das mulheres em todas as fases da vida. Pensando nisso, o tema desta semana traz orientações essenciais sobre como a nutrição influencia desde a puberdade até a menopausa, passando pela gravidez e amamentação, destacando também a importância das vitaminas e minerais no equilíbrio hormonal feminino.

 

Para compreender melhor como esses cuidados nutricionais podem transformar positivamente a vida das mulheres, confira a entrevista com Denise do Nascimento Porfírio, nutricionista clínica especialista em saúde da família, além de depoimentos valiosos sobre o trabalho da Pastoral da Criança nas comunidades.

 

 

nutricao e saude da mulher denise

Denise do Nascimento Porfírio, nutricionista clínica, especialista em nutrição na saúde da família e pós-graduanda em nutrição funcional e esportiva. Atua como nutricionista clínica em Curitiba no Paraná.

ENTREVISTA COM: Denise do Nascimento Porfírio, nutricionista clínica, especialista em nutrição na saúde da família e pós-graduanda em nutrição funcional e esportiva. Atua como nutricionista clínica em Curitiba no Paraná.

Denise, quais são os principais grupos alimentares que devem estar presentes na alimentação das mulheres para garantir a saúde?

DENISE:

Os grupos alimentares se dividem em macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais). Pensando em uma alimentação adequada e equilibrada, o ideal é manter o consumo de todos os grupos alimentares, pois eles são essenciais para o desenvolvimento em todas as fases da vida.

Manter refeições completas e equilibradas com base no que realmente funciona. Montar um prato que a gente considera saudável, com 25% desse prato de carboidratos, como arroz, macarrão, batata; 25% de proteínas vegetais e animais (feijão e as carnes); e 50% de saladas, legumes e vegetais; fora o consumo adequado de frutas entre lanches intermediários, por exemplo, e beber água. Então, com isso, manter essa ingestão diária de alimentos saudáveis proporciona maior qualidade de vida e saúde.

Denise, quais são os efeitos das dietas da moda na saúde mental e física das mulheres?

DENISE:

Todas as dietas devem ser orientadas por um nutricionista, que é o profissional habilitado para isso. Quando falamos em dietas da moda ou restritivas, vemos uma ideia de alcançar um resultado em comparação a outra pessoa, o que pode gerar uma frustração. Temos que tomar cuidado pois essas dietas geram imediatismo de alcançar algo que nem sempre é o melhor caminho. Dietas muitas restritivas geralmente conseguem se manter por um curto período de tempo e, se nesse processo não foi estabelecida uma reeducação alimentar, os velhos hábitos podem voltar.

Somos seres muito individuais, então eu costumo dizer nesse ponto que a mesma dieta que serve para minha vizinha não necessariamente serve para mim. É essencial ter um acompanhamento nutricional adequado com uma dieta específica para você, para o seu objetivo, para o que você procura.

Programa de rádio Viva a Vida 1753 – 28/04/2025 – Nutrição e Saúde da Mulher

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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Denise, como a alimentação pode influenciar a saúde durante a gravidez e a amamentação?

DENISE:

Assim como na fase reprodutiva, a gestação e a amamentação podem ser influenciadas pela nutrição de diversas maneiras. A saúde e a alimentação da mãe durante a gravidez influenciam diretamente a saúde e o desenvolvimento do bebê, a qualidade do leite materno e o fornecimento adequado de nutrientes para ambos, entre outros.

Durante a gestação é de suma importância a adequação e o aporte calórico adequado e a suplementação necessária, como ácido fólico e ferro, o monitoramento de ganho de peso gestacional, a qualidade do sono, a ingestão de água e manter e prática de hábitos saudáveis. Essas recomendações alimentares devem ser adaptadas a cada mulher, considerando as diferenças individuais de cada processo.

 

nutricao e saude da mulher paula

Paula D’Ávila do Carmo Mota, líder da Pastoral da Criança.

(TESTEMUNHO) Paula D’Ávila do Carmo Mota, líder da Pastoral da Criança na Paróquia Santa Maria, em Goianésia do Pará. Ela também faz parte da Equipe Diocesana da Pastoral da Criança de Marabá, Pará.

Paula, quais são as orientações que os líderes da Pastoral da Criança dão para as famílias sobre nutrição e a saúde da mulher?

PAULA: A Pastoral da Criança busca orientar que a mulher cuide bem de sua alimentação, mantendo uma alimentação equilibrada, consumindo alimentos saudáveis e variados. A mulher deve dar preferência a comidas feitas em casa e pratos que incluam alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras, arroz, feijão, carnes e ovos, ou, como se costuma dizer, comida de verdade. Importante também é evitar o cigarro, a bebida alcoólica e outros vícios.

 

nutricao e saude da mulher cleide

Cleide Silva de Oliveira, líder da Pastoral da Criança

(TESTEMUNHO) Cleide Silva de Oliveira, líder da Pastoral da Criança da Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, em Campo Largo, Paraná.

CLEIDE: E a Pastoral da Criança também orienta as famílias, aqui em nossa comunidade, a cultivarem hortas caseiras e comunitárias. E, ao mesmo tempo, incentiva o consumo de alimentos regionais e da época, que costumam ser mais baratos, mais frescos e nutritivos.

  

Leia a entrevista na íntegra

1753 – 28/04/2025 – Nutrição e Saúde da Mulher

 

Saiba mais

Alimentos: seus nutrientes e cores

Alimentos ultraprocessados: como identificar?

Guia Alimentar para a População Brasileira

Aproveitamento integral dos alimentos

 

Dra. Zilda

“Quando você ensina as mães e famílias a cuidarem melhor dos filhos, você está construindo um mundo melhor, mais justo e fraterno para essas crianças."

Papa Francisco

"O olhar materno é o caminho para renascer e crescer. As mães, as mulheres olham o mundo não para o explorar, mas para que tenha vida."

Gestante Nutrição Saúde

Mortalidade materna: como reduzir?

Detalhes
Última Atualização: 15/05/2025
1755 combate ao abuso de criancas entrevistaImagem: PIxabay

A mortalidade materna é um dos indicadores mais sensíveis da qualidade da assistência à saúde e do respeito aos direitos das mulheres. No Brasil, apesar dos avanços nas últimas décadas, os números ainda são alarmantes. Segundo dados do Governo Federal, foram registradas 1.184 mortes maternas em 2024; 1.319 em 2023; 1.316 em 2022; 3.025 em 2021 e 1.964 em 2020. O pico em 2021 reflete, sobretudo, o impacto da pandemia da Covid-19, mas os dados revelam também a necessidade de esforços contínuos para garantir gestação e parto seguros.

 

Mortalidade Materna no Brasil:

2020:
1.964
2021: 3.025
2022: 1.316
2023: 1.319
2024: 1.184

 Fonte: Governo Federal

Rede Alyne: nova estratégia para salvar vidas

Diante desse cenário, o Governo Federal lançou em 2024 a Rede Alyne, programa que reestrutura a antiga Rede Cegonha e tem como meta reduzir em 25% a mortalidade materna no país até 2027. A Rede Alyne presta homenagem a Alyne Pimentel, jovem que perdeu a vida e a de seu bebê por desassistência, em 2002, e cujo caso levou à primeira condenação internacional do Brasil por violação dos direitos humanos de uma mulher grávida. O novo programa traz inovações importantes, como a integração efetiva entre as maternidades e as equipes da Saúde da Família, a qualificação de profissionais para o atendimento obstétrico e o fortalecimento da regulação do SUS para garantir atendimento rápido e digno às gestantes, principalmente entre a população em maior vulnerabilidade social.

O papel da Pastoral da Criança na prevenção da mortalidade materna

Com uma trajetória de compromisso com a vida, a Pastoral da Criança também atua de forma decisiva para ajudar a reduzir a mortalidade materna. Como destaca a coordenadora nacional, Maria Inês Monteiro de Freitas, “os líderes da Pastoral da Criança orientam as gestantes sobre a importância do pré-natal, o parto e o pós-parto e, em cada visita domiciliar, conversam sobre os sinais de alerta que precisam de atendimento imediato para salvar vidas. Também participamos de Conselhos de Saúde, comitês de prevenção da morte materna e atuamos na defesa de políticas públicas que contribuam para a proteção das mulheres”. Para a Pastoral da Criança, cuidar da saúde das gestantes é parte essencial de sua missão de promoção da vida.

Entrevista especial: como prevenir e agir

Para aprofundar esse tema tão urgente, convidamos você a ler ou ouvir a entrevista completa com o Dr. Renné Cosmo da Costa, conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem e coordenador da Câmara Técnica Nacional de Enfermagem em Saúde da Mulher. Na entrevista, ele fala sobre as principais causas da mortalidade materna, as estratégias de prevenção, a importância da Rede Alyne e o que cada gestante e a sociedade podem fazer para mudar essa realidade.

1756 mortalidade materna renne cosmo

Dr. Renné Cosmo da Costa, Enfermeiro, conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem e coordenador da Câmara Técnica Nacional de Enfermagem em Saúde da Mulher.

ENTREVISTA COM: Dr. Renné Cosmo da Costa, Enfermeiro, conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem e coordenador da Câmara Técnica Nacional de Enfermagem em Saúde da Mulher. 

Quais são as principais causas da mortalidade materna?

DR. RENNÉ: As principais causas da mortalidade materna estão diretamente relacionadas a complicações na gestação e no parto. Entre elas, destacam-se as síndromes hipertensivas, como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, as hemorragias intensas após o parto, as infecções no pós-parto e as complicações decorrentes de abortos inseguros. Há também causas indiretas, igualmente importantes, como doenças prévias da gestante que se agravam durante a gravidez, a exemplo da diabetes e das doenças cardíacas. Mais recentemente, doenças infecciosas, como a própria Covid-19, infelizmente se tornaram causas relevantes de mortalidade materna no Brasil. 

O que é necessário para ter uma gestação segura, Dr. Renné?

DR. RENNÉ: Uma gestação segura começa com educação, formação de qualidade e acolhimento. É fundamental que a mulher tenha acesso precoce ao pré-natal, que deve ser realizado de forma regular, com a realização de exames laboratoriais e ultrassonografias ao longo de toda a gestação. Também é essencial cuidar da nutrição, receber todas as imunizações necessárias, evitar hábitos prejudiciais, como o fumo, o consumo de álcool e a automedicação. Além desses cuidados, é crucial que a gestante seja acolhida em um ambiente seguro, livre de violência obstétrica, onde possa se sentir à vontade para comunicar qualquer sintoma ou preocupação ao profissional de saúde que a acompanha.

Dr. Renné, o senhor teria mais alguma orientação que gostaria de acrescentar sobre esse tema?

DR. RENNÉ: Eu acredito que a principal orientação é que todos nós, enquanto sociedade, precisamos entender que cuidar da saúde materna é cuidar do nosso futuro. A gestação não é uma doença, mas exige atenção, acolhimento e cuidados específicos. É responsabilidade de todos os envolvidos — profissionais, gestores e a própria sociedade — garantir que cada mulher seja tratada com respeito, dignidade e segurança durante toda a gestação. A mensagem principal que quero deixar é: cuidar bem das mulheres gestantes é uma questão ética, social e de cidadania.

1756 mortalidade materna maria ines

 Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança,

(MENSAGEM) Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, também participa do programa de hoje. 

Maria Inês, o que a senhora tem a dizer sobre esse tema que estamos abordando, que é a Mortalidade Materna?

MARIA INÊS: A mortalidade materna ainda é muito alta no Brasil, especialmente nas regiões mais distantes e sem acesso rápido e de qualidade aos serviços de saúde. Os líderes da Pastoral da Criança se esforçam, de várias maneiras, para ajudar a prevenir essas mortes: eles orientam as gestantes sobre a importância do pré-natal, orientam para o parto e o pós-parto e, em cada visita domiciliar, conversam sobre os sinais de alerta que podem acontecer na gestação e que precisam de atendimento imediato, para salvar a mãe e o bebê. A Pastoral da Criança também marca presença nos Conselhos de Saúde, Comitês de Prevenção da Morte Materna e também conta com a forte ação de seus articuladores, que reivindicam políticas públicas adequadas para ajudar na prevenção dessas mortes evitáveis. A Pastoral da Criança é a pastoral da vida. Por isso, lutar pela vida de mães e crianças é a nossa missão.

 

Leia a entrevista na íntegra

1756 – 19/05/2025 – Mortalidade Materna (.PDF)

 

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1756 – 19/05/2025 – Mortalidade Materna

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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Saiba Mais

Mortalidade materna: prevenção e orientação

Mortalidade Materna: olhar atento dos especialistas

Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna: momento de reflexão e luta

Morte Materna: como fica a criança

Plano de parto

Pastoral da Criança - Pré-natal

Riscos na gestação: como identificar

É preciso cuidado com a hipertensão arterial em gestantes

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

"Saúde e Bem-Estar"

3.1 Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos
3.8 Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos

E SDG Icons NoText
0310º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

"Redução das desigualdades"

10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra

Dra. Zilda

“Não podemos esquecer também das políticas públicas, de lutar pela melhoria da qualidade de vida de nossas famílias, melhor assistência pré-natal, ao parto e melhores escolas”.

Papa Francisco

“Uma sociedade sem mães seria não apenas uma sociedade fria, mas também uma sociedade que perdeu o coração.”

Gestante Saúde

Dia Nacional da Parteira

Detalhes
Última Atualização: 20/01/2025
1739 entrevista dia nacional da parteira

Foto: Eduardo Queiroga, para dossiê 'Parteiras Tradicionais do Brasil' (Iphan/UFPE)

Neste dia 20 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Parteira, data instituída para homenagear o trabalho dessas mulheres que atuam em regiões isoladas e em comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas. A atuação das parteiras é reconhecida pelo Ministério da Saúde como um importante reforço para o cuidado da mulher e da criança, fazendo parte da rede comunitária de atenção à saúde e contribuindo, inclusive, para a redução da mortalidade infantil.

O Governo Federal e secretarias estaduais de saúde promovem qualificação para as parteiras tradicionais a partir de cursos e formações. Além disso, o Ministério da Saúde lançou, em 2012, o “Livro da parteira tradicional", com informações sobre gestação, saúde da mulher e do bebê, além do alerta sobre em que momentos é necessário buscar o suporte médico hospitalar.

Recentemente, o Governo Federal reinstituiu a Rede Cegonha, estratégia voltada para garantir atendimento de qualidade, seguro e humanizado para as gestantes no SUS. Com a rede, os governos municipal, estadual e federal devem respeitar as necessidades de todas as mulheres, inclusive daquelas que são assistidas pelas parteiras.


Conheça a líder que já fez parto até dentro de um fusquinha


Parto humanizado

Um dos legados do trabalho das parteiras tradicionais para a medicina é o parto humanizado. Esse conceito não significa que o bebê necessariamente precisa nascer de forma natural. A definição de parto humanizado está ligada ao respeito à gestante e à criança em todo o processo.

Por isso, a ideia de parto humanizado é preconizada pelo Ministério da Saúde em todos os nascimentos, inclusive na rede hospitalar comum, e é defendida pela Pastoral da Criança e por outras instituições de defesa da mulher, da criança e da vida.

O parto humanizado se apoia na ideia que o bebê escolhe a hora de nascer, por isso a cirurgia cesariana não deve ser marcada, apenas usada como recurso em caso de necessidade, principalmente se houver risco à vida da criança ou da gestante.

Outro ponto fundamental é o respeito à gestante, que deve ser informada de todas as ações da equipe médica e ser ouvida ao tomar suas decisões, além de ter um ambiente emocionalmente confortável, seguro e sem violência.

O plano de parto é um documento que ajuda a garantir à gestante que seus direitos sejam respeitados na hora do nascimento de seu filho. Os líderes da Pastoral da Criança podem ajudar na confecção do plano de parto.

Leia mais sobre o assunto nos links a seguir e saiba como se proteger e combater a violência obstétrica.

 

Saiba mais

Parto com direitos - Um olhar mais humanizado sobre o momento do nascer
O que a gestante deve saber sobre o parto?
Pastoral da Criança - Exames da gestante
Como os primeiros mil dias afetam a vida toda

 

Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança.

(MENSAGEM) Maria Inês Monteiro de Freitas, Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança.

A Pastoral da Criança defende o parto humanizado, no qual a mulher que vai ganhar bebê é respeitada em seus direitos de cidadã, de mulher e de mãe. Ela tem o direito ao acompanhante no momento do parto e direito a se sentir emocionalmente confortável, com um parto seguro e sem violência. Gestante, converse com os líderes. Converse com os profissionais da Unidade Básica de Saúde onde você faz o pré-natal e decida pela melhor opção que vai garantir mais segurança e saúde para você e o seu bebê.

 

1739 depoimento dia nacional da parteira

Regina Dolores Carneiro, Suplente da Coordenação Estadual da Pastoral da Criança do estado de Minas Gerais.

(DEPOIMENTO) Regina Dolores Carneiro, Suplente da Coordenação Estadual da Pastoral da Criança do estado de Minas Gerais.

Regina, que orientações a Pastoral da Criança dá para as gestantes sobre o parto?

A Pastoral da criança sempre orienta a gestante a fazer um pré-natal de qualidade, porque o pré-natal é muito importante. Ela precisa também fazer um plano de parto, observar os sinais de perigo e ter sempre a certeza de que ela precisa ter um ambiente de qualidade para ganhar o seu bebê. Ela precisa de um acompanhamento adequado. E sempre pensando que o parto normal é o parto melhor para a criança. A cesariana deve ser feita só se for necessário.

 


Conheça a líder que já fez parto até dentro de um fusquinha 


Karen Estevam Rangel, enfermeira obstetra que trabalha em Curitiba, Paraná.

ENTREVISTA COM: Karen Estevam Rangel, enfermeira obstetra que trabalha em Curitiba, Paraná.

Karen, qual é a diferença entre uma parteira tradicional, uma enfermeira obstetra, uma doula e um médico obstetra?

Com certeza, inúmeros avanços eu poderia relatar, mas temos aqueles que mais se destacam, como as formações contínuas, as parcerias conquistadas, as campanhas que trazem melhoria de vida para as crianças e gestantes, como por exemplo, dormir de barriga para cima, toda gestação dura mil dias, lavar as mãos, porém, sem dúvida, com um principal avanço vem o aplicativo, uma nova casa aberta espalhando conhecimento e ampliando um novo olhar para atuação da Pastoral da Criança, favorecendo assim informações com mais rapidez, facilidade aos voluntários para acompanhamento das famílias, conhecimento e aprendizado das lideranças e interação entre liderança e coordenação, levando nossa mensagem transformadora aos nossos crianças e gestantes. 

A parteira tradicional geralmente tem como guia, como norte de seus estudos, a sua vivência do dia a dia. Elas aprendem esse ofício passado de mulher para outra mulher. Então, normalmente, são suas avós, mães, que já eram parteiras, e elas acompanhavam esse ofício na família.

A gente ainda tem a enfermeira obstetra, que é uma enfermeira especializada em obstetrícia. Ela está mais relacionada a partos em regiões urbanas e centros hospitalares.
A doula é uma profissional que não é da área da saúde, ainda não tem um ofício profissional, mas ela está ligada nesse momento do parto e do pós-parto, ligada no preparo da mulher para o trabalho de parto e auxilia nos momentos do parto, nas relações emocionais. Mas ela não faz a avaliação clínica da parturiente no trabalho de parto, ela não escuta o coração do bebê ou o toque vaginal. Então, ela não atende o parto, ela atende a gestante no momento do trabalho de parto e ela faz parte da equipe naquele momento.

Já o médico obstetra ou a médica obstetra tem a formação de medicina e se especializa em ginecologia e obstetrícia. Então, o médico obstetra atua principalmente no alto risco em gestantes com alguma alteração de saúde, pressão alta, diabetes, etc. Diferente da parteira e da própria enfermeira obstetra e da doula.

Karen, como o trabalho das parteiras tradicionais ajuda a reduzir a mortalidade materna e infantil?

Bem, no meu ponto de vista, o ofício da parteira tradicional é esse elo de ligação entre as mulheres que estão longe dos locais de saúde, de hospitais ou unidades básicas de saúde, e elas conseguem fazer esse papel de vínculo e união entre essas mulheres e os ambientes de saúde, bem como atendê-las sem necessidade de locomoção, porque muitas vezes essas gestantes e parturientes, elas estão a quatro horas de distância do centro hospitalar e esse transporte seria realizado de barco. Elas não conseguem ter consultas de pré-natal com frequência por conta dessa locomoção. E algumas questões importantes de saúde que poderiam ter sido visualizadas no pré-natal, se ela não tiver essa assistência, não é sinalizado. Então, as parteiras fazem esse elo de ligação, diminuindo as chances de mortalidade materna e infantil, porque elas estão na assistência, elas estão realizando pré-natal, elas estão realizando a assistência ao parto de maneira mais segura e deixando essas mulheres seguras também e sendo esse apoio para os sistemas de saúde.

Karen, o que é o parto humanizado e qual é a relação com o trabalho das parteiras tradicionais?

Então, o parto humanizado, hoje, a gente já sabe que é uma tríade entre informação, a própria mulher ser protagonista no parto dela e a assistência segura baseada em evidência científica. Então, hoje a gente sabe que o parto, a gente tenta retomar aquilo que era anos atrás, que era o que as próprias parteiras já faziam. Então, o próprio respeito ao corpo da mulher, às decisões da mulher, ouvir a mulher e informar sobre o que está acontecendo e o processo como ele se dá. Então, no parto humanizado, a gente tenta sempre resgatar aquilo que é fisiológico do próprio corpo da mulher, pois o corpo foi preparado para esse momento.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1739 – 20/01/2025 – Dia Nacional da Parteira

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Your browser does not support the audio element.

 

Leia a entrevista na íntegra

1739 – 20/01/2025 – Dia Nacional da Parteira

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades

Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades

3.1 Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos

3.2 Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos

Dra. Zilda

“Há muito o que se fazer, porque a desigualdade social é grande. Os esforços que estão sendo feitos precisam ser valorizados para que gerem outros ainda maiores”.

Papa Francisco

“Peçamos ao Senhor que o nosso trabalho de hoje nos faça a todos mais humildes, mais mansos, mais pacientes, mais confiantes em Deus, para que, assim, a Igreja possa dar um belo testemunho às pessoas que vendo o Povo de Deus, vendo a Igreja, sintam vontade de vir conosco!”.

Gestante Parto

Gravidez na adolescência como fator de risco para depressão pós-parto

Detalhes
Última Atualização: 30/01/2025
1741 entrevista gravidez na adolescencia como fator de risco para a depressao pos partoFoto: Divulgação/Governo do Tocantins

A primeira semana de fevereiro é definida pela Lei 13.798/2019 como a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Dados preliminares do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinac) apontam que, no primeiro semestre de 2024, foram realizados no Brasil 141 mil partos de mulheres entre 10 e 19 anos. Uma década atrás, em 2014, no mesmo período, haviam sido 286 mil.

Especialistas atribuem a redução dos partos de adolescentes à melhora no acesso aos serviços de saúde, ao aumento da escolaridade das adolescentes, às melhores expectativas de crescimento profissional e à pandemia.
Apesar da queda ao longo da última década, o número total ainda é alto. O Brasil faz 44 partos de bebês de mães adolescentes por hora, em média (dado de 2023). Mais preocupante é que, desses, dois partos por hora são de mães com idade entre 10 e 14 anos. O ato sexual com menores de 14 anos é crime de estupro de vulnerável no Brasil.

A gravidez na adolescência é um fator de risco para a depressão pós parto, grave condição de saúde para a mãe e que também traz prejuízos à saúde do bebê. Leia na entrevista a seguir orientações sobre como trabalhar na prevenção à gravidez na adolescência e no acolhimento das adolescentes gestantes.

 

Saiba mais

Gravidez na adolescência

Gravidez na Adolescência – Impacto na vida das famílias e das adolescentes e jovens mulheres

 

ENTREVISTA COM: Heloísa da Silva Baggio, psicóloga da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.

Heloísa, quais são as principais causas da gravidez na adolescência?

HELOÍSA:

Bom, a gestação na adolescência possui causas diversas: falta de informações ou informações inadequadas relacionadas à sexualidade; falta de diálogo entre pais e filhos, tratando esse tema com pouca importância, não oportunizando um momento de dúvidas, de aconselhamentos; a gente pode entender também como uma forma de fuga de um ambiente violento dentro de casa e da idealização de que, ao engravidar, os problemas relacionados a isso irão sumir; falta de acesso à educação ou a qualquer expectativa relacionada à vida profissional, que acaba levando a uma ideação de que isso vai acontecer com o preenchimento de uma criança; o abuso de álcool e drogas; a repetição do modelo familiar que está inserido ou também de pessoas próximas; dificuldade de acesso aos serviços de saúde; e a falta de políticas públicas mais efetivas para esse público, em todos os âmbitos, dentre outras diversas possíveis causas para a gravidez na adolescência.

Heloísa, qual é o papel da família e da comunidade no apoio à gestante adolescente?

HELOÍSA:

Eu acredito que os principais papéis são a educação e o acolhimento. Na educação temos a prevenção, o diálogo, o acesso a informações corretas e seguras, e uma forma de perspectiva de futuro profissional. E o acolhimento é no olhar mais humano, com afeto e sem julgamentos. Nesse momento, a última coisa que essa adolescente precisa é de alguém culpando e apontando falhas. Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa, precisamos nos abrir para o próximo e buscar compreender mais e julgar menos.

Como toda essa situação que envolve a gestante adolescente pode levar a uma depressão tanto durante a gestação como no pós-parto? Como é possível ajudar essa gestante adolescente?

HELOÍSA:

A romantização desse momento acaba gerando alterações emocionais significativas, como estresse elevado e sintomas de alta ansiedade e de depressão.
A depressão durante a gestação é mais comum do que a depressão pós-parto. Quando ocorre a depressão pós-parto, possivelmente essa adolescente já apresentava sintomas durante a gestação.

Entre os fatores que contribuem para esse quadro, tanto durante a gestação quanto após o parto, estão: a falta de apoio dos familiares, amigos e do próprio genitor; a quebra da maternidade idealizada para a maternidade real; ter que deixar os estudos e o convívio com amigos; trocar a boneca por um bebê real; deixar as brincadeiras; receber olhares de julgamento; e falas negativas e que desacreditam a adolescente de que ela pode ter o papel de mãe.

Por isso, nesse momento é muito importante que a adolescente seja acolhida, amparada e se sinta segura, que seja aconselhado que ela busque realizar o pré-natal. Além disso, quando possível, seja incentivada a continuar com os estudos e suas atividades do dia a dia. Tudo isso para que tenha uma gestação mais tranquila, conseguindo assimilar a situação e podendo se planejar para o pós-parto. Ter uma rede de apoio, com afeto e compreensão, é essencial quando falamos de prevenção a questões relacionadas à saúde mental dessa adolescente.

Heloísa, você gostaria de acrescentar mais alguma orientação sobre esse tema?

HELOÍSA:

Eu acho importante, novamente, reforçar a questão do diálogo, da conversa sobre sexualidade, tanto dos pais com os filhos, como das instituições, da escola. Quero reforçar a importância de abordar essa temática com rodas de conversa, com atividades que possibilitem que esses jovens tragam dúvidas, tragam questionamentos, enfim, uma forma com que o diálogo realmente aconteça. Além também dos serviços de saúde, que eles estejam sempre disponíveis para acolher, para orientar esses adolescentes sobre essas questões que envolvem a sexualidade.

 

1741 mensagem gravidez na adolescencia como fator de risco para a depressao pos parto

Dom Frei Severino Clasen, Arcebispo de Maringá, Paraná e Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança.

(MENSAGEM) Dom Frei Severino Clasen, Arcebispo de Maringá, Paraná e Presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança.

DOM FREI SEVERINO:

É preciso ter uma boa orientação sexual. A dimensão sexual é muito importante na vida humana e é preciso entender, seguir e orientar, respeitar os processos. Nada de queimar etapas. Um adolescente ainda não está maduro para gerar um filho. É preciso uma maturidade orgânica, psíquica e espiritual, para que haja esse cuidado. Então, em primeiro lugar, acolher quando isso acontece. Acolher essa vida, sem violência. Não criar traumas moralistas. Depois dar apoio para que a adolescente continue estudando e fazendo pré-natal. Que ela continue tendo uma vida normal, porque ela está na sua fase que precisa viver a sua adolescência. E a família deve acolher, aconselhar, ajudar, mas não ocupar o papel da mãe no cuidado com a criança. E ajudar a prevenir a depressão pós-parto. Aliás, o cuidado é muito intenso.

 

Programa de rádio Viva a Vida 1741 – 03/02/2024 – Gravidez na adolescência como fator de risco para a depressão pós-parto

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

Your browser does not support the audio element.

Leia a entrevista na íntegra

1741 – 03/02/2024 – Gravidez na adolescência como fator de risco para a depressão pós-parto

 

3º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

"Garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades".

3.4 Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar

44º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos".

4.1 Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino primário e secundário livre, equitativo e de qualidade, que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes

45º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.

5.3 Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas.

Dra. Zilda

“Em um lar sem brigas, as crianças crescem mais seguras, mais felizes e os adultos se sentem mais apoiados e confiantes no futuro”.

Papa Francisco

 “Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus, não é um monstro. É o dom de Deus para amar, e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica”.

Gestante Parto

Câncer de mama: vamos falar sobre isso?

Detalhes
Última Atualização: 15/10/2024
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Foto: Divulgação/Sociedade Brasileira de Mastologia

O mês de outubro traz o alerta para os cuidados com o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, o câncer de mama. Para cuidar bem de nossas crianças, não podemos esquecer da prevenção da saúde de suas principais cuidadoras – as mães.

Em 2024, o objetivo da Campanha Outubro Rosa do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é motivar e informar a população para as ações de controle e o cuidado integral, com foco na prevenção e na detecção precoce.

O líder da Pastoral da Criança pode trazer esse tema na visita domiciliar e na celebração da vida, ajudando as famílias a receberem informações corretas sobre o câncer de mama. Então, líder, vamos falar sobre isso?

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O que é o câncer de mama?

É um tumor resultante da multiplicação de células anormais da mama. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem rapidamente; outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado no início.

O que causa o câncer de mama?

Não há uma única causa. Fatores hormonais, ambientais, comportamentais e genéticos aumentam o risco de desenvolver a doença. O risco aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.

Sinais e sintomas suspeitos

  • Caroço (nódulo) fixo, endurecido e geralmente não dói. É a principal manifestação da doença.
  • Pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.
  • Alterações no bico do peito (mamilo).
  • Saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
  • Pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja.

Veja a seguir os principais mitos e verdades sobre o câncer de mama.

 Assista ao vídeo: como podemos nos proteger do câncer de mama

agosto dourado

Deise Ramos, enfermeira que trabalha em Campo Largo, Paraná.

ENTREVISTA COM: Deise Ramos, enfermeira que trabalha em Campo Largo, Paraná.

Existem muitas verdades e também muitos mitos sobre o câncer de mama. Deise, você poderia responder se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:

✘ “- Se eu fizer o autoexame regularmente não preciso de outros exames.?

Isso é falso, porque o chamado caroço no seio não é o único sinal de câncer de mama. Além disso, nem sempre o nódulo é palpável, depende da localização e da extensão dessa formação. Muitos tumores só são detectados com o auxílio da mamografia.

✔ “- Amamentar ajuda a prevenir o câncer de mama.”

Essa afirmação é verdadeira. Isso se dá por dois fatores: o primeiro é que enquanto produzem leite, as células mamárias se multiplicam menos, reduzindo o risco de desenvolver a doença. E o segundo aspecto é que a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, a exposição a certos hormônios, como o estrogênio, que podem estar ligados ao surgimento de tumores. Quanto mais tempo durar a amamentação, menos tempo a mulher estará exposta a esses fatores de risco.

✘ “- Ninguém na minha família teve ou tem câncer de mama. Por isso, não corro risco de desenvolver a doença.”

Isso é falso. De acordo com o Inca – o Instituto Nacional de Câncer – apenas 5 a 10% dos casos de câncer estão relacionados a fatores hereditários, ou seja, as medidas preventivas e os cuidados com estilo de vida são fundamentais para qualquer pessoa.

✘ “- Todo caroço no seio é câncer de mama.”

É falso. O chamado caroço no seio não é o único sinal de câncer de mama. Além disso, nem sempre o nódulo é palpável. Depende da localização e da extensão dessa formação. Os nódulos podem se desenvolver por fatores hormonais, por exemplo, que nada tem a ver com a presença de um tumor canceroso. Outro mito frequente em relação aos nódulos é de que apenas os caroços mais firmes e difíceis de se movimentar significam câncer. Isso não tem qualquer base científica. Por isso, a recomendação é que toda alteração seja investigada por um médico. Os especialistas em ginecologia, mastologia e cirurgia oncológica são os mais indicados para realizar essa avaliação. Muitos tumores só são detectados com o auxílio da mamografia. O ideal é que todas as mulheres, sobretudo, a partir dos 40 anos, façam o autoexame todos os meses, e visitem o médico e façam uma mamografia por ano. No Brasil, há uma lei federal que garante esse direito.

✔ “- Mulheres mais idosas têm mais chance de desenvolver o câncer de mama.”

Verdade. As estatísticas mostram que a idade avançada é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Segundo a Organização Americana de Câncer de Mama, dois em cada três casos ocorrem em mulheres acima dos 55 anos. Mas isso não significa que não se deve agir preventivamente antes dessa idade. Ao contrário, quanto mais cedo, melhor.

✘ “- Desodorantes podem causar câncer de mama.”

Falso. Quem defende essa teoria a justifica explicando que a pele da axila absorve componentes químicos que se alojam nas células mamárias. Apesar de já haver evidências desta hipótese, a axila realmente absorve componentes como o alumínio que se concentram nas mamas, mas ainda não existe uma comprovação científica de que isso possa levar ao desenvolvimento do câncer.

Viva a VidaPrograma de rádio Viva a Vida 1723 - 30/09/2024 - Outubro Rosa

Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança.
Ouça o programa de 15 minutos na íntegra

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✔ “- Atividades físicas ajudam prevenir ou retardar o câncer de mama.”

É verdade. A prática regular de atividades físicas, pelo menos 150 minutos por semana, traz benefícios para saúde em geral, a curto e a longo prazo, e ajuda a prevenir uma série de problemas crônicos e agudos. No que diz respeito ao câncer de mama, a obesidade e o sedentarismo estão fortemente ligados ao risco de desenvolvimento da doença.

✔ “- O câncer de mama pode ter cura.”

Sim, é verdade. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores serão as chances de cura. Por isso, existe tanto empenho em torno da conscientização do diagnóstico precoce, como ocorre na campanha do Outubro Rosa. No entanto, é sempre fundamental levar em conta que cada pessoa é única e a evolução da doença também. Os avanços em cirurgia oncológica e as estratégias terapêuticas garantem altos índices de sucesso. Nos casos mais avançados, a medicina dispõe de recursos que resultam no controle da doença e em ganho na qualidade de vida.

 

Leia a entrevista na íntegra

1723 - 30/09/2024 - Outubro Rosa

Assista ao vídeo: como podemos nos proteger do câncer de mama

 

E SDG Icons NoText 033º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável

“Boa saúde e bem-estar”

ODS 3.4 Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar.

Dra. Zilda

"É sempre a arte e a técnica de multiplicar o saber e a solidariedade com muito carinho, porque é isso que todos precisam".

Papa Francisco

“Não devemos nunca assustar-nos com as dificuldades, somos capazes de as superar todas: só é preciso tempo para a compreender, inteligência para procurar o caminho e coragem para avançar, mas nunca assustar-se."

Gestante Saúde temas

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