O Brasil já tinha muitos desafios para enfrentar ao tentar garantir a proteção dos direitos de crianças e adolescentes, especialmente para a eliminação do trabalho infantil, entretanto, os impactos socioeconômicos da pandemia aumentaram as desigualdades sociais existentes e potencializam as vulnerabilidades de muitas famílias brasileiras.

Como dito pela Dra. Maria Zuíla em sua entrevista para a Pastoral, em junho de 2021 o trabalho infantil atingiu 160 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo. Além de indicar um aumento significativo de crianças de 5 a 11 anos em situação de trabalho infantil, assim como um aumento no número de crianças e adolescêntes de 5 a 11 anos em trabalhos perigosos.

Sabemos que em muitas famílias as crianças ajudam os pais e responsáveis com as pequenas tarefas domésticas. Na verdade, é até interessante que as crianças desenvolvam pequenas responsabilidades e aprendam, por exemplo, a arrumar sua própria cama. Porém, não podemos confundir isso com trabalho infantil doméstico, já que é apenas uma cooperação com sua família e o ambiente em que vivem.

Como dito pela Dra. Vivian: “O trabalho infantil não pode ser confundido com ajuda doméstica. Ajudar o pai, a mãe, a entidade familiar com as situações domésticas do dia a dia, na realidade faz parte do desenvolvimento humano. Faz parte do ganho gradual de responsabilidade que crianças e adolescentes inclusive devem ter. Mas, logicamente, isso dentro de uma progressão que respeite o desenvolvimento daquela criança, daquele momento do adolescente e lógico, que não substitua o trabalho de um adulto.”

O trabalho infantil trás muitas consequências graves ao desenvolvimento das crianças, além de as expor a todos os tipos de violência. E ainda precisamos mencionar que esses trabalhos são suscetíveis a acidentes que na maior parte das vezes são graves, levando a perda de membros e até mesmo a morte.

Segundo o FNPETI (Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil), mãos e membros superiores são as áreas mais atingidas nos acidentes de trabalho com crianças, além de estarem expostas a acidentes com animais peçonhentos, intoxicação por medicamentos, agrotóxicos, produtos químicos, plantas e outros e podem sofrer lesões nos músculos e ossos por esforço repetitivo.

Neste domingo, comemoramos a festa da Santíssima Trindade. A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Nós temos um gesto, uma oração que invoca a proteção da Santíssima Trindade. É o sinal da cruz, um gesto tão conhecido por todos nós, não é? Uma oração tão curtinha e um gesto tão simples. Mas não deve ser um gesto mecânico, feito sem pensar.

“Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” Dizemos: “Em nome do Pai” e tocamos a fronte, a mente, porque é a mente que raciocina, que pensa, que reflete, que projeta. O Pai, é o grande arquiteto, aquele que pensou tudo. O Filho, que, é Jesus, é o projeto do Pai. E o Espírito Santo é o grande comunicador de toda essa história que chamamos de História da Salvação. É aquele que nos recorda o que o Pai e o Filho de Deus fizeram e nos guia através da verdade.