Com informações da Agência Brasil

Gestantes de todo o Brasil já podem se vacinar contra o vírus que causa a bronquiolite, uma das principais infecções respiratórias em recém-nascidos. O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (25/11), a compra de 1,8 milhão de doses da vacina, que será oferecida gratuitamente pelo SUS. O primeiro lote, com mais de 670 mil doses, começa a ser distribuído imediatamente a estados e municípios.

A vacinação passa a integrar o Calendário Nacional da Gestante, com recomendação para mulheres a partir da 28ª semana de gravidez. Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que a gestante pode tomar o imunizante até o último dia da gestação, e que a proteção é transmitida diretamente ao bebê ainda na barriga.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina reduz o risco de hospitalizações e protege os recém-nascidos logo nos primeiros meses de vida. Deise Ramos, enfermeira e membro da equipe técnica da Pastoral da Criança, explica que essa é a fase de maior vulnerabilidade dos bebês para as formas graves das doenças respiratórias, como a bronquiolite.

A enfermeira reforça que a vacina passou por ampla avaliação científica antes de ser disponibilizada. Diversos estudos realizados em diferentes países comprovaram sua segurança e eficácia tanto para gestantes quanto para bebês.

“É importante lembrar ainda que o imunizante já é recomendado internacionalmente, sem restrição de idade materna, e usado como estratégia para reduzir a incidência e a gravidade de infecções respiratórias em recém-nascidos”, explica Deise.

No Brasil, o vírus sincicial respiratório é responsável por cerca de 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias em crianças menores de dois anos. Somente em 2025, até novembro, foram registrados mais de 43 mil casos de síndrome respiratória aguda grave associados ao vírus.

Para as gestantes, a mensagem é clara e direta. Como reforça Deise Ramos:

“A vacina na gestação é um gesto de cuidado e amor. Quando a mãe se vacina, ela protege a si mesma e também o seu bebê. Os anticorpos que ela produz ajudam a reduzir os riscos de infecções graves e complicações respiratórias”, conclui a enfermeira.