Mais de 130 organizações religiosas, civis e internacionais já assinaram a Declaração Conjunta Stand Up for Children in War – Unidos pelas Crianças em Áreas de Guerra, que pede ações urgentes para proteger os 473 milhões de crianças que vivem hoje em zonas de conflito no mundo. A mobilização global foi lançada no contexto do Dia Internacional da Paz, celebrado em 21 de setembro, e segue até o final do mês com foco em advocacy em diferentes países, além de atividades de reflexão e oração.

A campanha responde a uma realidade alarmante: em 2024, a ONU registrou 41.370 violações graves contra crianças, o maior número dos últimos 25 anos.

“Não são apenas estatísticas. São vidas destruídas, infâncias roubadas, sonhos e esperanças de crianças interrompidos. Toda guerra é uma guerra contra as crianças. Não podemos permanecer passivos e em silêncio.”
Dra. Najat Maalla M’jid, Representante Especial do Secretário-Geral da ONU sobre Violência contra Crianças

Na declaração, as organizações signatárias pedem aos governos e líderes religiosos que defendam os direitos das crianças, promovam cessar-fogo imediato em zonas de conflito, garantam acesso humanitário seguro, protejam escolas e hospitais e combatam a impunidade por violações.

A campanha é coordenada pela Arigatou International, organização global fundada no Japão que atua em mais de 80 países junto a comunidades religiosas, agências internacionais e sociedade civil para promover os direitos e o bem-estar das crianças, com status consultivo junto ao UNICEF.

“Apesar das aspirações de proteger as crianças, o mundo avança para mais divisão e conflito. As crianças estão sofrendo como nunca, e é urgente transformar compromissos em ações concretas que gerem mudança real.”
Rev. Keishi Miyamoto, presidente da Arigatou International
Campanha Stand Up for Children in War
Clique no banner para conhecer a campanha “Stand Up for Children in War”.

Pastoral da Criança no Brasil

Signatária da declaração e parceira na campanha global, a Pastoral da Criança reforça que sua adesão não significa tomar partido em conflitos específicos, mas sim apoiar um apelo global pela paz e pela proteção das crianças.

“No Brasil, mobilizamos nossa rede de líderes e comunidades para promover reflexão e consciência sobre o que ocorre com meninas e meninos em regiões de guerra. Mesmo longe das frentes de conflito, consideramos fundamental nos posicionar ao lado de nossos irmãos e irmãs de fé em todo o mundo, que erguem a voz em defesa das crianças — as mais vulneráveis nas guerras.”
Maria das Graças Gervásio, coordenadora da Pastoral da Criança Internacional

Durante o mês de setembro, a organização incentiva que suas comunidades promovam rodas de conversa, momentos de oração, reflexões e homilias dedicadas ao tema, em solidariedade a todas as crianças que sofrem os impactos da guerra.

“Não basta discutir a paz: é urgente garantir ajuda humanitária e assegurar que os direitos fundamentais sejam respeitados, sobretudo das crianças, gestantes e famílias mais vulneráveis.”
Dom Frei Severino Clasen, presidente da Pastoral da Criança
Vídeo: mensagem do presidente da Pastoral da Criança, Dom Frei Severino Clasen. Ver no YouTube

Evento global online

Como parte da campanha, será realizado na quarta-feira, 24/09, às 10h (de Brasília), um encontro virtual aberto ao público, reunindo organizações internacionais, líderes religiosos e parceiros da sociedade civil. O evento será em inglês e destacará testemunhos de contextos de guerra, falas de lideranças de fé e a leitura da declaração conjunta.

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