Estamos no primeiro domingo da quaresma. O Evangelho deste domingo, narrado por São Lucas, fala das tentações de Jesus no deserto. “Naquele tempo: Jesus cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias.” Jesus está para iniciar a sua missão.

Na primeira tentação Jesus nos ensina que nem só de pão vive o ser humano. A segunda tentação fala do poder e da busca pela glória. Já na terceira tentação, Jesus recusa o êxito fácil e egoísta. Ele nos ensina a viver uma vida de louvor a Deus e doação aos irmãos. Comentando sobre esse trecho do Evangelho, o Papa Francisco explicou: “Assim como Jesus se preparou 40 dias no deserto, posto à prova por Satanás, para vencer as tentações nós devemos fazer o nosso ‘treinamento’ espiritual. Somos chamados a enfrentar o mal mediante a oração para sermos capazes, com a ajuda de Deus, de derrotá-lo em nosso dia a dia”.

“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera.” Paulo Freire

A Professora Roberta Guedes da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), lembra o que foi dito por Paulo Freire, grande educador e filósofo brasileiro.

Imagem cedida pelo Colégio Consilii - São Paulo (SP)

“Esperançar é conduzir o aluno, o ser humano à aprendizagem da sua capacidade de restabelecer e estabelecer relações fraternas, tanto para a sociedade, quanto com a natureza. Então, mais do que nunca, precisamos revelar dentro de nós o momento de superação para priorizar a educação [...] que leve ao humanismo verdadeiro e solidário [...] E é assim que nós vamos superar todas as mazelas da Covid-19, porque vamos na ciência e na fé construir novos caminhos, como caminhos solidários, fraternos de conhecimento e sabedoria.”

A Campanha da Fraternidade de 2022 nos chama para esta reflexão. Acompanhe a entrevista e o tema completos clicando aqui.

Imagem cedida pelo Colégio Sagrado Coração de Jesus“A educação será ineficaz e seus esforços estéreis se não se preocupar também por difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à solidariedade e à relação com a natureza” Papa Francisco.

É preciso que todos nós estejamos dispostos a ouvir e a interpretar os mais pobres, aqueles que estão nas classes mais populares. É preciso resgatar a educação popular. E mais, é preciso promover uma escuta ativa, profunda das necessidades educacionais. É preciso estar aberto à sensibilidade, à realidade das pessoas.

Hoje é lançada a Campanha da Fraternidade 2022, e conforme consta no texto base, a educação é uma ação conjunta entre: escolas, gestores públicos, famílias, comunidade, grupos culturais, Igrejas, mídias sociais (TVs e Rádios) e a própria pessoa.

A realidade da educação exige profunda conversão de todos. “Verdadeira mudança de mentalidade, reorientação da vida, revisão das atitudes e busca de um caminho que promova o desenvolvimento pessoal integral, a formação para a vida fraterna e a cidadania.”