% crianças obesas

Encontram-se nessa classificação aquelas crianças cujo Índice de Massa Corporal (IMC) resultou em obesidade, ou seja, escore-z do IMC/idade maior que 3 desvio padrão (dp). 

 
Resumo da situação e sugestão de como agir
 
  • Houve aumento significativo no % de crianças com obesidade entre 2019 e 2020 no Brasil, passando de 3,8 para 4,1.
  • Dados preliminares mostram aumento significativo no % de crianças com obesidade em 2021 (jan a nov) no Brasil.
  • Apenas Amapá e São Paulo apresentaram aumento significativo e somente Sergipe apresentou queda significativa no indicador.
  • Apenas Propriá e Tianguá apresentaram queda significativa e outras 12 dioceses apresentaram aumento significativo.

  • Sugestão de como agir:
    • Retomar o Acompanhamento Nutricional seguindo as recomendações constidas neste documento: Estágio de Evolução das Atividades da Pastoral da Criança
    • Reforçar a necessidade de maior atenção para as crianças com excesso de peso, pois pesquisas indicam que crianças acima do peso têm maiores chances de se tornarem adultos com excesso de peso.
    • Ampliar a ação na diocese por meio das capacitações. Mais detalhes no conteúdo complementar dessa etapa.
    • Incentivar o uso do aplicativo Visita Domiciliar e Nutrição pelos líderes, pois dessa forma eles têm acesso às e-cartelas de orientação específicas para cada estado nutricional, que contribuem para que os líderes orientem a família de forma individualizada, com a facilidade de compartilhar tais informações por meios eletrônicos (e-mail, whatsapp, etc).
    • Animar os líderes a incentivar a prática das hortas caseiras, para maior acesso a alimentos saudáveis pelas famílias.
    • Estimular o uso do aplicativo Visita e Domiciliar e Nutrição pelas famílias, para que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos das e-Capacitações, em especial da e-Alimentação e e-Brinquedos e brincadeiras.



Brasil

Houve aumento significativo de 8,5% no % de crianças com obesidade entre 2019 e 2020, passando de 3,8 para 4,1%. Apesar do aumento, a prevalência ainda é menor do que a apontada nos dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)*, do Ministério da Saúde, em 2020 para menores de 5 anos no Brasil: 7,4%.

O gráfico abaixo apresenta a situação de crianças com obesidade no Brasil entre 2019, 2020 e 2021 (jan a nov).

Os dados preliminares de 2021 apontam para aumento significativo** no % de crianças com obesidade comparado ao mesmo período de 2020.

Esse aumento pode ser reflexo da situação da pandemia, momento no qual as crianças permaneceram em casa, muitas sem possibilidade de brincar de forma a gastar energia e algumas com mais acesso a alimentos não saudáveis.

Por outro lado, houve queda no número de crianças acompanhadas e, onde foi possível manter o acompanhamento, mesmo que virtual, os líderes podem ter priorizado estas crianças.

É preciso dar maior atenção a estas crianças e reforçar as orientações sobre alimentação saudável e brincadeiras que gastem energia.

O retorno da Celebração da Vida e da ação Acompanhamento Nutricional é possível mediante algumas condições, conforme documento: Estágio de Evolução das Atividades da Pastoral da Criança


Estados

Apenas 3 estados apresentaram variação significativa no % de crianças com obesidade entre 2019 e 2020: Sergipe estava com 5,6 e passou para 3,8% (↓33,2%), São Paulo estava com 3,4 e passou para 4,1% (↑19,7%) e Amapá estava com 2,7 e passou para 6,4% (↑137,8%).

Os dados do Amapá chamam a atenção pois houve queda no número de crianças com peso e altura no período: 841 crianças em 2019 e 313 em 2020. É provável que os líderes realmente estejam dando prioridade de acompanhamento para estas crianças.

Comparado aos dados de obesidade do SISVAN* de 2020, para menores de 5 anos, Sergipe e São Paulo apresentaram valores mais baixos, 10,6% e 7,1%, respectivamente. Já Amapá apresenta dado semelhante ao da Pastoral, 6,7%.

Dois estados apresentaram % acima da média: Ceará (8,0%) e Pernambuco (7,6%).


Dioceses

Apenas 2 dioceses apresentaram queda significativa no % de crianças com obesidade entre 2019 e 2020: Propriá passou de 8,9 para 1,2% (↓84,1%) e Tianguá, que passou de 7,7 para 2,0% (↓73,5%).

Doze dioceses apresentaram aumento significativo no indicador no período: Oeiras (↑77,2%), Guaxupé (↑89,1%), Ituiutaba (↑126,4%), Macapá (↑137,8%), Ourinhos (↑167,3%), Tubarão (↑178,4%), Paranavaí (↑235,3%), Primavera do Leste-Paranatinga (↑462,1%), Livramento de Nossa Senhora (580,0%), Miracema do Tocantins (↑678,0%), Petrolina (1.005,7%) e Crateús (3.162,5%). Esta última passou de 0,8 para 25,0%, entretanto a média de crianças com peso e altura em 2020 foi 15, o que parece reforçar a tese de acompanhamento prioritário dessas crianças pelo líderes e que pode ter ocorrido nas demais dioceses.

Quatorze dioceses apresentaram percentual acima de 10 no indicador em 2020, sendo que três delas apresentaram estavam de 20%. Entretanto nestas três últimas o número de crianças com peso e altura neste ano foi muito baixo (máximo de 15).



Mais informações nos links abaixo: 

% de crianças com obesidade em 2019 e 2020. Brasil, dioceses, estados e regiões.

Mapa da variação do % de crianças com obesidade entre 2019 e 2020, por dioceses.

Dado online: % de crianças com obesidade em 2021 (jan a nov) Brasil, dioceses, estados e regiões.

* SISVAN, Brasil, 2021. Disponível em: SISVAN

** Fonte: Sistema de Informação da Pastoral da Criança. Relatório Extrato de Indicadores, Abrangência por níveis Coordenação Nacional, Comparação entre os anos 2020 e 2021, Folha de Acompanhamento Digitada até 09/12/2021 às 16:26 horas. Disponível em -- http://www.pastoraldacrianca.org.br – [ 2021 dez 09 ]