As pessoas da família animam a criança a brincar e brincam com ela?

Nessa idade de dois anos a dois anos e onze meses algumas crianças ainda gostam de ficar sempre com os pais. Por isso, procura os objetos que eles usam e imita o que eles fazem, quando brinca de faz de conta. Ela também começa a querer fazer tudo sozinha, inclusive o que não pode.
O faz de conta além de divertido, ajuda a criança a aprender muito sobre si mesma e o mundo à sua volta, as relações sociais, emoções, assim, também a lidar com seus próprios limites e com a ausência dos pais.
Os pais e as pessoas da família podem fazer brinquedos com ela, como bonecas, panelinhas, móveis, carrinhos, tambor. É preciso brincar com a criança, auxiliando no seu desenvolvimento e no fortalecimento do vínculo afetivo.
Ao brincar e conversar com a criança nessa idade, percebe-se que ela pode perguntar o nome de tudo, pois descobriu que cada coisa tem um nome. Saber o nome das coisas ajuda a pensar em coisas que não vê. Ou seja, ela fala “bola” e tem a ideia do que é sem precisar ver a bola.
Se a família tem o hábito de conversar com a criança e de ouvir o que quer dizer, ela aprende a conversar cada vez melhor, usando frases com mais palavras: “Olha o cachorro bonito, papai”.
Dessa forma já é esperado que até os 2 anos a criança seja capaz de formar frases simples de duas palavrinhas, tenha um vocabulário de pelo menos 50 palavras e entenda praticamente todos os comandos simples de duas etapas ( por exemplo: “pega o sapato e traz para mamãe”) e até próximo dos 3 anos converse de forma satisfatória formando frases mais complexas embora ainda fale errado.
Ela pode aprender pequenas orações e rezar junto com os pais na hora de comer, antes de dormir, ao acordar. Também pode aprender seu nome, o nome dos pais e dos irmãos.
Ela já consegue prestar atenção por mais tempo. Os pais, avós e tios podem contar histórias da Bíblia, de revistas, contar casos das pessoas da família. Essas atividades interessam à criança e desenvolvem sua linguagem e pensamento. Ela aprende muitas coisas nos desenhos, nas fotos e vendo palavras escritas.
A criança já se interessa por usar um outro tipo de linguagem: o desenho. Ela descobre que certos materiais como o lápis, o giz, pedaços de pedra ou tijolo fazem riscos no papel ou no chão. Ela começa a rabiscar.

Ela já tem habilidade para pegar e brincar com coisas menores e também fica mais tempo em uma atividade. A criança não gosta que caçoem quando ela chora, sente medo ou não consegue fazer alguma coisa. Ela precisa sentir que é compreendida.

Conversar e pedir que conte por que está triste ou alegre ajuda a criança a conhecer seus sentimentos e a entender também o que as outras pessoas sentem. Ela continua gostando de ser abraçada, beijada, de ficar no colo dos pais, principalmente quando nasce um irmãozinho ou irmãzinha.
A criança precisa de espaço, pois está sempre em movimento. Sobe e desce de coisas baixas, salta com os dois pés ao mesmo tempo. Ela também gosta de passear com a família, brincar no quintal ou na praça com outras crianças.
As pessoas da família ensinam, sem violência, o que a criança não pode fazer?

A criança já aprendeu a fazer muitas coisas e agora quer mostrar que tem vontade própria. Por isso, diz “não” para quase tudo. Suas respostas prediletas são: “não quero”, “não vou”. Ela também é curiosa, pergunta muito, quer mexer em tudo e ir para todo lado. Com isso, os adultos podem perder a paciência, mas se eles entenderem que esse comportamento faz parte do desenvolvimento da criança, podem encontrar o melhor jeito de dar os limites adequados, sem violência.
"Eduque seu filho através da conversa, do carinho e do apoio e tome cuidado: quem bate para ensinar, está ensinando a bater." (4º mandamento para a Paz na Família)
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