A visita domiciliar


“Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se às pressas, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias, e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre,e Isabel ficou cheia do Espírito Santo” (Lc 1,39-41)

 

Desde a missão do próprio Cristo percebemos que Ele mesmo não se restringiu a um espaço físico, mas esteve sempre presente onde estavam os mais vulneráveis. O Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, nº 270, nos diz: “Ás vezes sentimos a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor. Mas Jesus quer que toquemos a miséria humana, toquemos a carne sofredora dos outros”.

 

Líder, a visita domiciliar é o momento de ir ao encontro das gestantes, crianças e famílias acompanhadas, onde você estará mais próximo, se colocando à escuta, acolhendo, criando vínculos, cuidando por meio de orientações e juntos promovendo a transformação da realidade, levando assim, a esperança de vida plena que só Jesus nos traz. Portanto, é um lugar privilegiado para fazerem a experiência do encontro, como fez Maria ao visitar sua prima Isabel, onde o Espírito Santo se fez presente naquela ação missionária, além de ser uma oportunidade de:

  • valorizar o que as famílias fazem de bom para cuidar de seus filhos;
  • conversar sobre a importância do pré-natal durante a gestação e os direitos da gestante;
  • conversar sobre os cuidados de saúde, nutrição, educação e cidadania tanto das gestantes como das crianças; 
  • alertar sobre os sinais de perigo para a saúde da gestante e da criança;
  • identificar situações desfavoráveis para o desenvolvimento da criança;
  • perceber os possíveis problemas e dificuldades enfrentadas, seus sofrimentos;
  • procurar juntos formas de resolver esses problemas.

A cada visita, você e a família ficam mais amigos. A família vai se sentindo mais segura para falar sobre suas alegrias e dificuldades, pois sente que você é discreto e não comenta com as outras famílias os problemas particulares de cada um. E se comentar deverá ser com o consentimento da família para buscar uma rede de apoio.

Na primeira visita a uma família com gestante ou criança, você deve se apresentar, explicar como é o trabalho da Pastoral da Criança e perguntar se elas aceitam ser acompanhadas. Nas visitas seguintes, a família vai conhecendo melhor a missão da Pastoral da Criança e como você atua. E você também conhece o que a família faz para cuidar da gestante e da criança.

Nas visitas, é preciso ouvir o que as pessoas da família têm a dizer e procurar ajudar com base nas necessidades delas, sempre respeitando o que pensam e acreditam. Assim, você, líder, torna-se um companheiro que caminha junto, que está sempre perto, para apoiar e orientar.

Encontre os pobres lá onde estão. 

Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta;

é urgente ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência,

à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento… 

É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração.

Papa Francisco (Mensagem para o V  Dia Mundial dos Pobres)

 

Com o apoio do e-Guia do Líder 2025, no App Pastoral da Criança + Gestante, você pode reforçar cuidados e atitudes da família e da gestante que favoreçam a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento da criança e de uma boa gestação.

Para ajudar as famílias nos cuidados com gestantes e crianças, por vezes, basta apenas uma simples orientação. Em outras situações pode ser necessário, além disso, pedir ajuda de outras pessoas da Pastoral da Criança, da Igreja ou dos serviços públicos, como os de saúde, educação e assistência social.

Quando você não souber responder a alguma pergunta, não se preocupe, pois ninguém sabe tudo. Diga que vai procurar a resposta e trazer para eles no próximo encontro. 

É preciso falar com jeito sobre as situações mais delicadas, para não magoar nem a família nem a criança. Os 10 Mandamentos para a Paz na Família, ferramenta que será estudada mais adiante, também podem ajudar nessas conversas.

"Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade."

Papa Francisco

É bom combinar com a família o melhor horário para as visitas, para não atrapalhar os afazeres da casa. Durante as visitas convide as famílias para participarem do Dia da Celebração da Vida. Lembre-se de informar o dia, a hora e o local da celebração e mostre como é importante a presença da criança e dos pais nesse momento.

Líder, sempre utilize o aplicativo Pastoral da Criança + Gestante para realizar suas visitas. Lembre-se de abrir o aplicativo logo ao chegar na residência, explicando à família porque está usando o celular durante esse momento, pois ele deve servir como um roteiro para sua visita. Com o aplicativo, a visita fica muito mais dinâmica e participativa, pois você pode mostrar as imagens e os vídeos para a mãe e a criança, além de poder compartilhar as cartelas virtuais dos Laços de Amor e do Acompanhamento Nutricional.

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