
Foto: J. R. Ripper
Durante a amamentação há troca de olhares e carinho entre a mãe e o bebê?
Aleitamento materno
A amamentação é muito importante para o bebê e para a mãe. Além do bebê receber um alimento feito especialmente para ele, é o momento em que os dois ficam mais ligados. A troca de olhares e carinhos durante a amamentação reforça a ligação da mãe com o seu bebê. Em cada mamada o bebê e a mãe vão se conhecendo mais, se gostando mais.
Quando o bebê olha para a mãe enquanto mama, ele ficará feliz se ela também olhar para ele. E isso é muito bom para os dois. A mãe deve procurar falar sempre com o bebê, acariciar seu corpinho e olhar para ele enquanto o amamenta.
Até os seis meses, o bebê só precisa receber leite de peito. O leite em pó, de caixinha ou de pacote não tem as mesmas vantagens que o leite materno. Os bebês que são alimentados com outro tipo de leite têm mais risco de ter pneumonia, diarreia, infecção de ouvido, alergia e infecção urinária. Além de os bebês sofrerem mais com essas doenças, elas também surgem com maior gravidade. Isso acontece porque as defesas do corpo do bebê não são reforçadas com a proteção que o leite materno dá.
A mãe ou outras pessoas da família não deve oferecer outros alimentos ou líquidos para o bebê antes dos seis meses de idade, isso aumenta as chances de ele abandonar o leite materno e não traz benefício algum para o seu crescimento.
Quando o bebê não puder mamar no peito (alergia, mães com HIV, entre outras causas), vai precisar tomar água e outro tipo de leite. Nesse caso é preciso muito cuidado com a higiene no preparo dos mesmos, e também com as vasilhas e colheres utilizadas para servi-los ao bebê. A mãe que não pode amamentar deve buscar informações no Posto de Saúde sobre qual leite dar ao bebê.
Saiba mais: Alimentação de bebês não amamentados ao peito

Foto: J. R. Ripper
Como o bebê pode aprender a se desenvolver
Desde a gestação, o modo como os pais se relacionam com o bebê já vai formando nele o seu jeito de ser. Nos últimos meses da gravidez, o bebê ouve sons, reage à luz forte perto da barriga da mãe e pode sentir quando ela está muito cansada ou nervosa.
Antes de nascer, o contato do bebê com a mãe é direto. É dela que ele recebe alimento, calor e aconchego na barriga. No momento do nascimento, todas essas sensações conhecidas desaparecem rapidamente, e o bebê vai ter de se acostumar a um novo ambiente.
Olhar carinhoso, palavras suaves, toques delicados e aconchego no colo dos pais fazem o bebê se sentir amado e protegido.
O bebê comunica suas necessidades, principalmente, pelo choro. Ele chora de fome, de dor, de frio ou calor, pedindo aconchego e porque está molhado. Ao ser atendido, aprende que alguém cuida dele e isso dá segurança ao bebê. Aos poucos, os pais aprendem a identificar as necessidades do bebê e assim podem ajudá-lo a se desenvolver.
O bebê fica a maior parte do tempo com os braços e pernas dobrados e as mãos fechadas, como ficava dentro da barriga da mãe. É comum também ele arrotar, soluçar, tossir um pouquinho, fazer pequenos barulhos. Essas coisas fazem parte da vida do bebê.
O bebê se movimenta pouco e quase sempre reage do mesmo modo a alguns estímulos. Por exemplo: quando colocamos o dedo na sua mão, ele agarra com força; quando é tocado, ouve barulho ou tiramos sua roupa, ele faz movimento de abraço ou de susto.

Rodolfo Bührer
O bebê dorme a maior parte do tempo. Dormindo ele acumula a energia necessária para mamar e crescer. Uns têm sono mais leve, outros têm sono mais pesado. O sono do bebê que é tocado com carinho pelos pais geralmente é mais tranquilo.
A cada dia que passa, os pais e o bebê vão se conhecendo melhor. O bebê é muito ligado à mãe. Ela é sua fonte de segurança e amor. Ele gosta de ficar no colo e de ser embalado por ela. Quando a mãe coloca o bebê perto do seu coração, ele escuta de novo as batidas que conhece tão bem. Assim, lembra-se das sensações que tinha quando ainda estava na barriga. Tudo isso ajuda o bebê a ficar mais calmo e seguro.
Ele também gosta de ouvir a voz do pai. Quando a mãe e o pai falam ou cantam suavemente, estão mostrando ao bebê que ele é amado.

Foto: Reinaldo Okita
O bebê se acalma quando ouve a voz dos pais, é tocado ou embalado?
O colo responde à necessidade de contato do bebê com os pais e é uma demonstração de amor. Se estiver com algum desconforto, agitado ou chorando, o bebê se acalma quando os pais o pegam no colo, falam, cantam ou o embalam suavemente. Cada bebê tem uma maneira diferente de se acalmar.
O choro é uma forma de comunicação do bebê. Pegar o bebê no colo e verificar por que ele chora não o acostuma mal. Bebê que não é atendido quando chora, geralmente se torna mais chorão. Bebê que é atendido sente que tem alguém que cuida dele e fica mais tranquilo.
A visão e a audição do bebê ainda estão se aperfeiçoando, mas ele escuta e vê parcialmente o que acontece perto dele. É comum o bebê ficar meio vesgo até os seis meses de idade.

Dormir de barriga para cima é mais seguro
É possível reduzir em mais de 70% a morte súbita de bebês. A morte súbita é aquela que acontece de maneira inesperada, quando o bebê está dormindo, e não tem explicação aparente. Para isso, os pais devem colocar o bebê para dormir de barriga para cima.
Saiba mais: Campanha - Dormir de barriga para cima é mais seguro
O bebê precisa de um lugar seguro para dormir, de preferência calmo e arejado. Se a casa fica num local que tenha mosquito ou muriçoca, é bom cobrir o lugar em que o bebê dorme com um mosquiteiro ou cortinado.
A partir da segunda semana de vida, é bom para o bebê tomar um pouco de sol, todos os dias, antes das nove horas da manhã ou depois das quatros horas da tarde. O ideal é que o bebê esteja só de fralda e fique exposto de 6 a 8 minutos por dia (30 minutos por semana). Se não for possível ficar só de fralda, é importante expor pelo menos o rostinho e as mãos por cerca de 17 minutos por dia (2 horas por semana).
Saiba mais: Banho de sol: tomar ou não tomar?

Foto: Nora Pacher
Higiene
O bebê precisa tomar banho todos os dias. Em locais de clima quente, pode-se dar banho várias vezes ao dia. Nos lugares em que o clima é frio, o melhor é dar banho nos períodos mais quentes do dia, protegendo o bebê do vento, para que ele não se resfrie.
ATENÇÃO: O bebê que fica com pés, mãos e lábios roxos após ser alimentado, mesmo estando agasalhado, pode ter algum problema no coração e precisa ser examinado pelo médico o mais rapidamente possível.
Fim do resguardo (puerpério)
A mãe deve retornar ao hospital para a revisão, conforme o agendamento feito no dia em que saiu do hospital. Essa consulta de revisão acontece até um mês depois do parto. O ideal é que o companheiro vá junto. Assim, podem receber orientações sobre o espaçamento entre uma gravidez e outra.
O período pós-parto dura quarenta dias. Quando a mulher está bem, o casal pode voltar a ter relações sexuais logo após esse período.
O médico deve receitar suplemento de ferro para a mãe tomar até que a criança complete três meses.
Saiba mais: Pós-parto, sugestões práticas para começar bem
Estas orientações foram retiradas do Guia do Líder (.PDF)