Segundo o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, de Campinas (SP), “as vezes, tudo que uma criança precisa para atravessar uma turbulência em sua vida familiar é ser acolhida provisoriamente por outra família”. No site do Serviço, explica-se que as famílias acolhedoras: “acolhem, em suas residências, crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por medida de proteção, em função de abandono ou pelo fato de a família se encontrar temporariamente impossibilitada de cumprir suas funções de cuidado e proteção”. Por um período em geral curto (dias a poucos meses), são realizados esforços para que as crianças e adolescentes possam voltar ao convívio com sua família de origem. As famílias acolhedoras são muito importantes na rede de proteção à criança. Esse modelo de acolhimento já foi implantado com sucesso em diversos países. Apesar de ser uma iniciativa ainda pouco conhecida no Brasil, alguns estados e cidades já avançaram nessa discussão e possuem boas experiências. A proposta é que, ao invés de crianças em medida protetiva ficarem em abrigos durante o período em que são afastadas de seus pais ou cuidadores, elas sejam cuidadas por uma família acolhedora. A família acolhedora pode ser voluntária ou receber recursos financeiros para cuidar dessas crianças. Uma equipe de profissionais especializados acompanha essas famílias acolhedoras. Dessa forma, a criança é protegida em um ambiente afetuoso, com possibilidades de ter seu desenvolvimento integral e o retorno à família biológica. Vale lembrar que, no dia a dia, a Pastoral da Criança procura medidas de fortalecimento da própria família, exercendo também um papel de prevenção da violência e de outras questões que possam levar ao afastamento da criança. Esgotadas as possibilidades, aí sim parte-se para instâncias fora do contexto familiar. Saiba mais na entrevista com Maristela Cizeski, Articuladora de direitos da Pastoral da Criança, membro da Rede Nacional da Primeira Infância e do Movimento Nacional Pró-convivência Familiar e Comunitária.
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