Este dia é muito mais que um momento para reflexão e conscientização sobre o tema. É, principalmente, um momento para cobrar políticas públicas e ações imediatas que contribuam para diminuir o número de mortes de mulheres durante a gestação, parto e pós-parto.

Cada um de vocês, líderes da Pastoral da Criança, contribuem para prevenir mortes maternas ao fazer a visita domiciliar, orientar sobre os direitos das gestantes durante o pré-natal, o nascimento e o período pós-parto, alertar sobre os sinais de perigo, compartilhar as cartelas Laços de amor, falar sobre a importância dos primeiros 1000 dias de vida e, especialmente, por toda ajuda, preocupação e apoio fraterno e emocional.

Organizado pela Pastoral da Criança e Arigatou International, o workshop sobre o material Nutrindo o desenvolvimento espiritual de crianças nos primeiros anos e prevenção da violência, aconteceu nos dias 8 a 12 de maio no Museu da Vida, e contou com a participação de sete membros da Pastoral da Criança, incluindo Nelson Neumann, coordenador da Pastoral da Criança Internacional, quatro membros da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), que atuam em vários contextos humanitários em todo o Brasil e um membro da Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC - Brasil).

Este treinamento faz parte da continuidade das ações do Consórcio Internacional para Nutrir Valores e Espiritualidade na Primeira Infância para a Proteção de Crianças contra a Violência, do qual a Pastoral da Criança faz parte desde 2018. O material produzido por este consórcio, lançado em novembro de 2022, será testado em 4 países (Brasil, México, Índia e Paquistão) e a Pastoral da Criança assumiu o compromisso de realizar a avaliação no Brasil. Os testes ocorrerão das dioceses de Cuiabá, Florianópolis, Paranaguá e Curitiba.

Segundo a Organização Panamericana de Saúde, vinculada à Organização Mundial da Saúde, as principais complicações que representam cerca de 75% de todas as mortes maternas no mundo são:

• hipertensão, isso inclui a questão da eclampsia e pré-eclâmpsia, que é uma condição bastante grave;
• hemorragias graves, especialmente após o parto, quando não se tem um parto bem assistido;
• infecções, normalmente depois do parto;
• complicações durante o parto e abortos inseguros. No período da pandemia somava-se a isso quadros relacionados à infecção por Covid-19.

A redução da mortalidade materna implica em desenvolver ações de participação nacional, atendimento humanizado, acesso às unidades básicas de saúde, às maternidades, disponibilizar exames e cumprir com que seja feito o máximo de consultas preconizadas pelo SUS.

Durante seus 40 anos de existência, a Pastoral da Criança tem procurado incentivar e orientar as gestantes a iniciar logo o pré-natal e não faltar às consultas. Por isso, os líderes realizam a cada três meses nas comunidades o Mutirão em Busca das Gestantes.