No Evangelho deste domingo, narrado por Lucas, Jesus nos apresenta duas tarefas muito
difíceis de realizar. Jesus fala de um cego que tem a ousadia, ou a arrogância, de querer conduzir outro cego. E fala também de um homem que tem uma trave nos próprios olhos e quer tirar um cisco dos olhos do outro. Por que será que esses dois personagens querem fazer isso? Pela falta de capacidade de reconhecer a própria limitação. É uma maneira de não olhar para si mesmo. É um mecanismo de defesa. O problema é sempre o outro. Não quero olhar para o problema que está dentro de mim então aponto para os defeitos dos outros.
Vivemos em uma sociedade que sempre busca um culpado e isto aprendemos desde criança: para cada problema ou situação que surge colocamos a culpa no outro, na sociedade, na esposa, no marido, nos filhos, na crise e por aí vai. São hábitos que criamos. Sabemos que existem dois tipos de hábitos: um hábito que limita, que impede que a gente cresça e outro que potencializa o nosso desenvolvimento. É sempre mais fácil achar que a culpa é sempre do outro, mas reconhecer os próprios erros, a própria parcela de culpa, é sinal de maturidade emocional e de inteligência.
O Reino de Deus, anunciado por Jesus, nos pede uma nova maneira de ser, de agir e de pensar. O Evangelho deste domingo, narrado por Lucas, apresenta algumas atitudes que parecem quase impossíveis de realizar: fala de amar os inimigos, de acolher as pessoas que são más para conosco. Como entender isso? Jesus disse: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles”. Amar aqueles que não nos amam, bendizer aqueles que nos amaldiçoam, rezar para aqueles que nos maltratam e oferecer a outra face a quem nos bateu... Isso é muito difícil!
Sabemos que Jesus veio para realizar o Projeto de Deus. E qual é esse Projeto? Que ninguém seja excluído ou marginalizado, que todos tenham vida em abundância. Ele veio ensinar sobre a justiça e a fraternidade. Mas para que isso aconteça é preciso a participação e a colaboração de todos. E vemos que isso é possível. Nos Atos dos Apóstolos, Lucas narra que na comunidade primitiva ninguém era excluído. “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.”
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