A Pastoral da Criança se une a redes religiosas, organismos internacionais e organizações da sociedade civil na campanha global Stand Up for Children in War – Unidos pelas Crianças em Guerra. Coordenada pela Arigatou International e parceiros, a mobilização de duas semanas vai até 26 de setembro, com destaque para o Dia Internacional da Paz, em 21 de setembro, conclamando governos, líderes religiosos e a sociedade a protegerem as crianças em contextos de guerra.
No âmbito internacional, a campanha articula ações de advocacy (iniciativas para influenciar autoridades, políticas e decisões em fóruns nacionais e multilaterais), cobrando cessar-fogo imediato, acesso humanitário seguro, proteção de escolas e serviços de saúde e o fim do uso da fome como arma de guerra. Essas frentes de advocacy serão conduzidas junto a governos e organismos internacionais fora do Brasil, em diálogo com redes parceiras e agências da ONU.
Segundo as Nações Unidas, 423 milhões de crianças viviam em zonas de conflito em 2024, privadas de segurança, educação e futuro. O dado reforça a urgência de medidas concretas para proteger a infância em situações de guerra, como explica a Representante Especial do Secretário-Geral da ONU sobre Violência contra Crianças, Dra. Najat Maalla M’jid:
“Não são apenas estatísticas. São vidas destruídas, infâncias roubadas, sonhos e esperanças de crianças interrompidos. Esse imenso sofrimento infantil é nosso fracasso coletivo. Toda guerra é uma guerra contra as crianças. Não podemos permanecer passivos e em silêncio. Precisamos parar a guerra contra as crianças. Devemos agir agora por um mundo pacífico por e com as crianças.”
Convidando à mobilização, à ação e à reflexão espiritual, Rev. Keishi Miyamoto, presidente da Arigatou International, enfatiza:
“Apesar das aspirações de proteger as crianças, o mundo avança para mais divisão e conflito. As crianças estão sofrendo como nunca, e é urgente transformar compromissos em ações concretas que gerem mudança real.”
Pastoral da Criança
No Brasil, a Pastoral da Criança reforça que seu apoio à campanha não é para tomar partido em nenhum conflito, mas para somar-se a um apelo pela paz e à exigência de que, enquanto as hostilidades persistirem, os direitos das crianças sejam respeitados. Mesmo longe das frentes de guerra, a instituição mobiliza sua rede de líderes e comunidades para sensibilização e consciência pública sobre o que ocorre com meninas e meninos em diferentes regiões afetadas, incentivando que o dia 21 de setembro seja vivido como um tempo de reflexão e oração por todas as crianças e suas famílias atingidas pelas guerras.
Para Maria das Graças Gervásio, coordenadora da Pastoral da Criança Internacional, esse engajamento nasce da missão histórica da organização:
“Mesmo longe das áreas de conflito, consideramos fundamental assinar este manifesto e nos posicionar ao lado de nossos irmãos e irmãs de fé em todo o mundo, que erguem a voz em defesa das crianças — as mais vulneráveis nas guerras. Nosso apoio não tem lado. Buscamos a paz e exigimos que, enquanto os conflitos não cessarem, os direitos das crianças sejam respeitados.”
Ao longo do mês, as comunidades são convidadas a promover rodas de conversa e oração durante ações como a Celebração da Vida e, no âmbito religioso, a dedicar homilias e mensagens que abordem o impacto devastador da guerra sobre a infância, bem como a organizar momentos de oração que inspirem solidariedade espiritual, compromisso ético e compaixão.
Em mensagem gravada para a campanha, Dom Frei Severino Clasen, presidente da Pastoral da Criança, reforça:
“A Pastoral da Criança nasceu para defender a vida e quer vida plena para todas as crianças, inclusive aquelas que vivem em zonas de guerra. Não basta discutir a paz: é urgente garantir ajuda humanitária e assegurar que os direitos fundamentais sejam respeitados, sobretudo das crianças, gestantes e famílias mais vulneráveis.”
Parceiros
A campanha reúne uma ampla coalizão global de parceiros — entre eles Unicef, ACNUR (Agência da ONU para Refugiados — UNHCR), OHCHR (Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos), Conselho Mundial de Igrejas (WCC), Early Childhood Peace Consortium e diversas redes inter-religiosas — alinhados no chamado por proteção, dignidade e paz para todas as crianças.
Saiba mais e participe: forchildreninwar.org
Redes sociais: #StandUpForChildrenInWar | #PeaceWithChildren | @ethicseducationforchildren | @pastoraldacriancaoficial
Imprensa (Pastoral da Criança): Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.